Jorrou luz da
escuridão
portas trancadas,
se abriram.
Por varinha de
condão
ou lâmpada de
Aladino,
cravos vermelhos
surgiram
em cada mão de
soldados
que em vez de
balas, puseram,
em sua arma, esses
cravos.
Portugal rejubilou
como se fosse um
menino
a quem deram um
brinquedo,
transformando em
alegria
o que até aí fora
medo.
Quarenta anos já
passaram
sobre esse
luminoso dia
em que quase por
milagre
consumou-se um
casamento
esperado há longo
tempo
como um D.
Sebastião.
O noivo se chamava
-Indómita Vontade
–
A noiva, nome
lindo:
_Liberdade-!