sexta-feira, 19 de junho de 2009

Dormi Com A Poesia

Entreguei - me à poesia
dormi com ela na cama
e o fogo que em mim ardia
alimentou sua chama.

Nesse fogo consumia
o ardor que de mim emana
serve - me ela de acalmia
não para alcançar a fama.

É para me libertar
das grilhetas do real
dar, ao meu sentir, vazão

pois que para mim sonhar
é fugir do racional
viver tudo com paixão!

A Meu Neto

Quando a tua mão gorducha aperta a minha
e dizes em voz doce e sonolenta
conta mais uma estória avózinha
vai -se de mim tudo o que me atormenta.

E eu feliz agarro bem agarradinha
essa mãozita mole e ternurenta
que se abandona tão fofa tão quentinha
à minha que dela está sedenta.

Então a roupa te vou aconchegando
e dou largas à imaginação
pois queres sempre uma estória diferente

o sono devagarinho vai chegando
deponho mil beijos nessa mão
pousando - a na cama docemente!