Quando não damos atenção às palavras da criança, estamos a errar, pois a criança tem muito mais discernimento, poder de observação e de crítica sem hipocrisia, que o adulto.
É como que a consciência com língua.
Cai a noite. Toneladas de silêncio abtem -se sobre a escuridão e mantêm -me alerta.
De madrugada começa a chover e a música dos pingos a bater na vidraça, embala -me, faz -me sentir viva e então adormeço. Sonhos irreais, fantamasgóricos, abatem -se sobre o muro do meu adormecimento e esmagam -me de encontro à madrugada.
Sinto -me por vezes tão indiferente ao sofrimento, que chego a pensar que a minha filha levou com ela a minha alma.
A consciência é como a nossa sombra, só gosta de caminhos de luz.
Perder tempo inutilmente é como morrer aos bocadinhos.
O tempo e a distância não matam a amizade quando ela assenta em bases sólidas.
A tua recordação é um nenufar a vogar nas águas turvas do meu pensamento.
sábado, 12 de dezembro de 2009
APOLOGIA DA MULHER
A mulher é o esteio da humanidade.
A mulher é o sal da vida.
A mulher é uma flor tão delicada que murcha se não for bem cuidada.
Deus ao fazer a mulher devia estar num momento de inspiração.
Significado de mulher: - Alma, coração, abrigo, amor, sacrifício, dádiva.
A maior diferença entre a mulher e o homem, é que ela tem uma capacidade de entrega e sacrifício que ele não possue.
A mulher possue uma tão grande força interior que a ajuda a ultrapassar as adversidades e continuar na senda da vida de cabeça levantada e sorriso nos lábios.
A mulher é como uma planta; precisa de ser tratada com carinho para não murchar antes do tempo.
A mulher é farol de navios sem ancoradouro.
A beleza exterior da mulher esvai -se como fumo.
A interior é fogo que dá calor.
MULHER : - Palavra tão simples, tão banal
mas de significado tão profundo
poucas letrinhas afinal
contendo o que de mais belo há no mundo!
A mulher é o sal da vida.
A mulher é uma flor tão delicada que murcha se não for bem cuidada.
Deus ao fazer a mulher devia estar num momento de inspiração.
Significado de mulher: - Alma, coração, abrigo, amor, sacrifício, dádiva.
A maior diferença entre a mulher e o homem, é que ela tem uma capacidade de entrega e sacrifício que ele não possue.
A mulher possue uma tão grande força interior que a ajuda a ultrapassar as adversidades e continuar na senda da vida de cabeça levantada e sorriso nos lábios.
A mulher é como uma planta; precisa de ser tratada com carinho para não murchar antes do tempo.
A mulher é farol de navios sem ancoradouro.
A beleza exterior da mulher esvai -se como fumo.
A interior é fogo que dá calor.
MULHER : - Palavra tão simples, tão banal
mas de significado tão profundo
poucas letrinhas afinal
contendo o que de mais belo há no mundo!
quinta-feira, 26 de novembro de 2009
LUTADORA
Aprendeste a aproveitar cada momento
que a vida te concedeu para vencer
e venceste!
não por compadrios, sujeição
ou mera sorte
mas só por merecimento forte!
Tinhas por lema honestidade,
perseverança,
trabalho
cumprir sempre o dever.
Venceste!
Cumpriste -te!
Realizaste -te!
Foste admirada e também injustiçada;
mas o amor e a amizade
dos que te conheciam
contigo conviviam,
companheiros de jornada
árdua por vezes,
outras serena e leve,
dos que valorizaram
a tua inteligência
tua nobreza de alma
tua dedicação,
foram-te sempre grande compensação!
E, passo a passo
segura, madura
a mente em cada dia enriquecida
levavas tua jornada de vencida.
Mas houve de repente um volte face
e tu que eras uma vencedora
e foras toda a vida lutadora
embora a lutar continuasses
não quebrasses
e te fizesses forte
perdeste irremediavelmente este combate
Só não venceste
porque ninguém vence a morte!
E todos sem excepção
que contigo privaram
e agora te choraram
sabem que um pouco empobreceram
porque te perderam
e que a ciência perdeu
uma mulher que a engrandeceu.
E esta mãe que sou eu
aquela que te gerou
por ti riu e chorou
se orgulhou e temeu
e o ego alimentou
em cada vitória tua
porque eras minha,
um bocado de mim
esta mãe agora angustiada
viveu esperançada
até ao último segundo
não querendo acreditar que deixaras de lutar.
Quando acordou para a realidade
sentiu -se mãe coragem
mãe inteira
com uma louca vontade
de deixar o mundo
e ir na tua esteira!
que a vida te concedeu para vencer
e venceste!
não por compadrios, sujeição
ou mera sorte
mas só por merecimento forte!
Tinhas por lema honestidade,
perseverança,
trabalho
cumprir sempre o dever.
Venceste!
Cumpriste -te!
Realizaste -te!
Foste admirada e também injustiçada;
mas o amor e a amizade
dos que te conheciam
contigo conviviam,
companheiros de jornada
árdua por vezes,
outras serena e leve,
dos que valorizaram
a tua inteligência
tua nobreza de alma
tua dedicação,
foram-te sempre grande compensação!
E, passo a passo
segura, madura
a mente em cada dia enriquecida
levavas tua jornada de vencida.
Mas houve de repente um volte face
e tu que eras uma vencedora
e foras toda a vida lutadora
embora a lutar continuasses
não quebrasses
e te fizesses forte
perdeste irremediavelmente este combate
Só não venceste
porque ninguém vence a morte!
E todos sem excepção
que contigo privaram
e agora te choraram
sabem que um pouco empobreceram
porque te perderam
e que a ciência perdeu
uma mulher que a engrandeceu.
E esta mãe que sou eu
aquela que te gerou
por ti riu e chorou
se orgulhou e temeu
e o ego alimentou
em cada vitória tua
porque eras minha,
um bocado de mim
esta mãe agora angustiada
viveu esperançada
até ao último segundo
não querendo acreditar que deixaras de lutar.
Quando acordou para a realidade
sentiu -se mãe coragem
mãe inteira
com uma louca vontade
de deixar o mundo
e ir na tua esteira!
sexta-feira, 20 de novembro de 2009
Abiul
Do teu passado fidalgo, ó Abiul
falam tuas ruinas brazonadas,
teus arcos, tuas pontes,
o resto dum palácio
adormecido sob o céu azul.
Mas que é feito de ti
que outrora foste
grande, imponente e bela?
Tu, onde os fidalgos
desciam garbosos
de sua rica sela
pra ir matar a sede às tuas fontes?
Adormeceste!
E desse teu passado
já quase nada resta
senão recordação.....
E vives num marasmo,
numa tal apatia
num calmo dia a dia,
que em ti o que hoje presta
é a altiva beleza,
é teu ar de nobreza,
tua paisagem impar,
que nos leva a te amar.
Mas do teu sono, da tua letargia
ano a ano acordas
e por magia te transformas
em movimento e côr
para manter a velha tradição
de que não abres mão
e há séculos são valor
- As tuas tão célebres touradas! -
falam tuas ruinas brazonadas,
teus arcos, tuas pontes,
o resto dum palácio
adormecido sob o céu azul.
Mas que é feito de ti
que outrora foste
grande, imponente e bela?
Tu, onde os fidalgos
desciam garbosos
de sua rica sela
pra ir matar a sede às tuas fontes?
Adormeceste!
E desse teu passado
já quase nada resta
senão recordação.....
E vives num marasmo,
numa tal apatia
num calmo dia a dia,
que em ti o que hoje presta
é a altiva beleza,
é teu ar de nobreza,
tua paisagem impar,
que nos leva a te amar.
Mas do teu sono, da tua letargia
ano a ano acordas
e por magia te transformas
em movimento e côr
para manter a velha tradição
de que não abres mão
e há séculos são valor
- As tuas tão célebres touradas! -
Pombal
À sombra do teu castelo
tu tens crescido, Pombal,
és um burgo antigo e belo
de cunho tradicional.
Tens, do Cardal, o convento
magestoso monumento
de que podes t´orgulhar.
Tens a estátua do Marquês
e a cadeia que ele fez
museu, hoje, a visitar.
Tens a praça da Matriz
com seu ar senhorial;
do Relógio, a velha torre.
Tens ainda ruas estreitinhas,
algumas casas`vèlhinhas
que são legenda que diz
para quem a soubr ler,
que embora o progresso impere,
o teu aspecto se altere
e que mostres com vaidade
a tua modernidade
o teu moderno viver,
- o passado nunca morre! -
tu tens crescido, Pombal,
és um burgo antigo e belo
de cunho tradicional.
Tens, do Cardal, o convento
magestoso monumento
de que podes t´orgulhar.
Tens a estátua do Marquês
e a cadeia que ele fez
museu, hoje, a visitar.
Tens a praça da Matriz
com seu ar senhorial;
do Relógio, a velha torre.
Tens ainda ruas estreitinhas,
algumas casas`vèlhinhas
que são legenda que diz
para quem a soubr ler,
que embora o progresso impere,
o teu aspecto se altere
e que mostres com vaidade
a tua modernidade
o teu moderno viver,
- o passado nunca morre! -
quarta-feira, 28 de outubro de 2009
Viver
O viver é matemática,
viver é geometria.
O Pi é o infinito
o horizonte uma curva
a morte traço a carvão
o amor, raíz quadrada das coisas do coração!
viver é geometria.
O Pi é o infinito
o horizonte uma curva
a morte traço a carvão
o amor, raíz quadrada das coisas do coração!
Poesia é tridmensional
A poesia é tridimensional
Arte
Talento
Saber.
São as três dimensões para bem a escrever!
Arte
Talento
Saber.
São as três dimensões para bem a escrever!
sábado, 17 de outubro de 2009
OBSSESSÃO
Estou agarrada ao passado
como erva daninha à terra
ou como lapa aos rochedos.
Com o presente vivo em guerra
e do futuro tenho medo.
O que passou, foi gravado
a fogo, na minha mente,
como um animal se ferra,
se grava nome em penedo.
Quero viver o presente
e o futuro quero sonhar,
mas o passado é mais forte
não me dá alternativa,
não me deixa libertar
quer comandar minha vida,
dominar -me até à morte!
como erva daninha à terra
ou como lapa aos rochedos.
Com o presente vivo em guerra
e do futuro tenho medo.
O que passou, foi gravado
a fogo, na minha mente,
como um animal se ferra,
se grava nome em penedo.
Quero viver o presente
e o futuro quero sonhar,
mas o passado é mais forte
não me dá alternativa,
não me deixa libertar
quer comandar minha vida,
dominar -me até à morte!
QUADRAS À TOA
Minha escrita é uma reza
meu cantar, uma oração
para levar junto de Deus
penas do meu coração!
Corremos atrás do tempo
numa corrida de loucos
e o tempo de nós vai rindo
fugindo aos poucos e poucos!
Enterrámos mais um ano
na campa da eternidade,
e voltámos ao engano
que o que nasce é o da verdade!
Entre a amizade e o amor
há uma diferença abissal;
a amizade é bem querer
o amor é querer total!
Poder eu atrás voltar
escrever o que não escrevi;
saberia aproveitar
muita coisa que perdi!
meu cantar, uma oração
para levar junto de Deus
penas do meu coração!
Corremos atrás do tempo
numa corrida de loucos
e o tempo de nós vai rindo
fugindo aos poucos e poucos!
Enterrámos mais um ano
na campa da eternidade,
e voltámos ao engano
que o que nasce é o da verdade!
Entre a amizade e o amor
há uma diferença abissal;
a amizade é bem querer
o amor é querer total!
Poder eu atrás voltar
escrever o que não escrevi;
saberia aproveitar
muita coisa que perdi!
MINHA SEDE, MINHA FOME
Minha sede, minha fome
de vida, eu não consigo
saciar por um momento
pois só tenho para as matar,
desencanto, desalento,
que trago a rodos comigo.
E esse pão que é desalento
nada vale a quem o come,
a água que é desencanto
é fruto de muito pranto;
não matam sede nem fome
só servem para as aumentar.
Duro pão, água salgada
não me saciam de vida
só me dão nada de nada!
de vida, eu não consigo
saciar por um momento
pois só tenho para as matar,
desencanto, desalento,
que trago a rodos comigo.
E esse pão que é desalento
nada vale a quem o come,
a água que é desencanto
é fruto de muito pranto;
não matam sede nem fome
só servem para as aumentar.
Duro pão, água salgada
não me saciam de vida
só me dão nada de nada!
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
ACORDAR ADIADO
Enquanto pude, sonhei
o acordar fui adiando
mas de sonhar me cansei
que o tempo passa voando.
Sei que mais pobre fiquei
por meus sonhos ir deixando
mas mais não aguentei
pouco a pouco os fui matando.
Matando esses sonhos vãos
que meu viver iludiram
e de enganos não passaram
fechados em minhas mãos.
Abri -as, eles fugiram
e no Éter se esfumaram!
o acordar fui adiando
mas de sonhar me cansei
que o tempo passa voando.
Sei que mais pobre fiquei
por meus sonhos ir deixando
mas mais não aguentei
pouco a pouco os fui matando.
Matando esses sonhos vãos
que meu viver iludiram
e de enganos não passaram
fechados em minhas mãos.
Abri -as, eles fugiram
e no Éter se esfumaram!
VISÃO ENGANADORA
Onde havia espinhos, via rosas
onde havia inveja, via competição;
nesta visão enganadora e enganosa
desfoquei a vida por acomodação.
Tornei -me, para mim mesma, mentirosa
ao tentar, ter da vida, errada noção;
querendo ver só libélulas e mariposas
e não, bichos peçonhentos com ferrão.
Quando começaram os espinhos picando
e a inveja deu frutos de mal e amargura
deixei de em enganos estar mergulhada
(Era em defesa dum viver mais brando)
Adoptei na vida uma outra postura
e passei de crédula a desconfiada!
onde havia inveja, via competição;
nesta visão enganadora e enganosa
desfoquei a vida por acomodação.
Tornei -me, para mim mesma, mentirosa
ao tentar, ter da vida, errada noção;
querendo ver só libélulas e mariposas
e não, bichos peçonhentos com ferrão.
Quando começaram os espinhos picando
e a inveja deu frutos de mal e amargura
deixei de em enganos estar mergulhada
(Era em defesa dum viver mais brando)
Adoptei na vida uma outra postura
e passei de crédula a desconfiada!
GOSTAVA DE TER TEMPO
Gostava de ter tempo para estar comigo!
Mas o t empo diz -me:
Anda, vai, eu não sou teu
nem tu és tua.
Dá -me aos outros
dá -me aos que precisam,
aproveita -me e faz, faz,
trabalha, sai de ti própria
olha à tua volta
e usa- me.
Mas eu gostava de estar comigo....
a medo digo!
Gostava de te gastar
a sonhar
a inventar
ou a estar muito quietinha
de olhos fechados
a ouvir o som do silêncio
a melodia do abstracto,
ou abri -los e olhar o Céu.
Mas tu foges,
passas a correr
e eu tenho que esperar pelo morrer
para poder estar contigo,
para que então sejas meu!
Mas o t empo diz -me:
Anda, vai, eu não sou teu
nem tu és tua.
Dá -me aos outros
dá -me aos que precisam,
aproveita -me e faz, faz,
trabalha, sai de ti própria
olha à tua volta
e usa- me.
Mas eu gostava de estar comigo....
a medo digo!
Gostava de te gastar
a sonhar
a inventar
ou a estar muito quietinha
de olhos fechados
a ouvir o som do silêncio
a melodia do abstracto,
ou abri -los e olhar o Céu.
Mas tu foges,
passas a correr
e eu tenho que esperar pelo morrer
para poder estar contigo,
para que então sejas meu!
ADIAR A VIDA
Não posso adiar
o brotar duma rosa
É Deus que manda.
Não posso adiar o morrer da criança
É Deus que manda.
Não posso adiar o fim nem o começo
É Deus que manda.
Pude adiar -me a mim...
Deus manda, mas eu desobedeço.
-Tenho o que mereço!
o brotar duma rosa
É Deus que manda.
Não posso adiar o morrer da criança
É Deus que manda.
Não posso adiar o fim nem o começo
É Deus que manda.
Pude adiar -me a mim...
Deus manda, mas eu desobedeço.
-Tenho o que mereço!
quarta-feira, 14 de outubro de 2009
FOSTE FRUTO DO MEU SER -minha filha
Foste fruto do meu ser,
em meu corpo te gerei,
quando saíste de mim
o sol resplandecia
como querendo saudar -te
dizendo para mim baixinho
que doravante ninguém
como eu, iria amar -te.
Meus seios te alimentaram
com seu precioso leite
até que t'o pude dar.
Hora a hora, dia a dia
ao teu crescer assistia
com um prazer indizível
e, quando pela vez primeira
disseste a palavra mãe,
pareceu -me quase impossível
tal era a felicidade,
tão grande foi o deleite,
que o meu pobre coração
quase saltava do peito.
Desde pequenina foste
caprichosa, independente,
mas muito acima da média,
briosa e inteligente.
Não eras muito expansiva
mas quando alguém te agradava
sabias ser grande amiga,
leal, desinteressada.
Foste criança normal
com traquinice banal
e bastante arrapazada,
não tinhas medo de nada.
Com o passar da idade
foste flor desabrochando
em inteligência e saber
consciente do dever
mas sem a mínima vaidade.
e mal me descuidei,
a criança que gerei
era bela adolescente
cada vez mais consciente.
Gostavas de divertir -te
de ir ao cinema e dançar
ir a festas, namorar
como toda a juventude;
mas à frente disso tudo
punhas o dever e o estudo
o que te tornou um exemplo
de consciência e virtude!
em meu corpo te gerei,
quando saíste de mim
o sol resplandecia
como querendo saudar -te
dizendo para mim baixinho
que doravante ninguém
como eu, iria amar -te.
Meus seios te alimentaram
com seu precioso leite
até que t'o pude dar.
Hora a hora, dia a dia
ao teu crescer assistia
com um prazer indizível
e, quando pela vez primeira
disseste a palavra mãe,
pareceu -me quase impossível
tal era a felicidade,
tão grande foi o deleite,
que o meu pobre coração
quase saltava do peito.
Desde pequenina foste
caprichosa, independente,
mas muito acima da média,
briosa e inteligente.
Não eras muito expansiva
mas quando alguém te agradava
sabias ser grande amiga,
leal, desinteressada.
Foste criança normal
com traquinice banal
e bastante arrapazada,
não tinhas medo de nada.
Com o passar da idade
foste flor desabrochando
em inteligência e saber
consciente do dever
mas sem a mínima vaidade.
O tempo correu depressa
e mal me descuidei,
a criança que gerei
era bela adolescente
cada vez mais consciente.
Gostavas de divertir -te
de ir ao cinema e dançar
ir a festas, namorar
como toda a juventude;
mas à frente disso tudo
punhas o dever e o estudo
o que te tornou um exemplo
de consciência e virtude!
LAMENTO
Teu céu, uma pedra negra
teu chão é a terra fria
para estar em teu lugar.
Meu Deus, o que eu não daria!
Minha vida já vivi
bem ou mal, é relativo.
Que foi inferno, aprendi
desde que não estás comigo!
Muitas vezes me queixava
de uma vida comezinha.
Agora que nos deixaste
é que vejo o bem que tinha.
Marido sempre presente
filhos não eram banais,
sabedores, inteligentes.
Que raio é que eu queria mais?
teu chão é a terra fria
para estar em teu lugar.
Meu Deus, o que eu não daria!
Minha vida já vivi
bem ou mal, é relativo.
Que foi inferno, aprendi
desde que não estás comigo!
Muitas vezes me queixava
de uma vida comezinha.
Agora que nos deixaste
é que vejo o bem que tinha.
Marido sempre presente
filhos não eram banais,
sabedores, inteligentes.
Que raio é que eu queria mais?
DORMI COM A POESIA
Entreguei -me à poesia
dormi com ela na cama
e o fogo que em mim ardia
alimentou sua chama.
Nesse fogo consumia
o ardor que de mim emana
serve -me ela de acalmia
não para alcançar a fama.
É para me libertar
das grilhetas do real
dar, ao meu sentir, vazão
Pois que para mim sonhar
é fugir do racional
viver tudo com paixão!
dormi com ela na cama
e o fogo que em mim ardia
alimentou sua chama.
Nesse fogo consumia
o ardor que de mim emana
serve -me ela de acalmia
não para alcançar a fama.
É para me libertar
das grilhetas do real
dar, ao meu sentir, vazão
Pois que para mim sonhar
é fugir do racional
viver tudo com paixão!
terça-feira, 13 de outubro de 2009
CANSAÇO CANSAÇO
Estou cansada da vida
que não é vida é suporte
porque a parte negativa
que a positiva, é mais forte.
Já não tenho directiva
já perdi, do rumo, o norte;
a bússola dessa vida
quebrou -se ao sabor da sorte.
Sorte não quer dizer sorte
na verdadeira acepção,
quer dizer destino, fado
pois se a sorte fosse sorte
não fosse contradição,
não tinha a bússola quebrado!
que não é vida é suporte
porque a parte negativa
que a positiva, é mais forte.
Já não tenho directiva
já perdi, do rumo, o norte;
a bússola dessa vida
quebrou -se ao sabor da sorte.
Sorte não quer dizer sorte
na verdadeira acepção,
quer dizer destino, fado
pois se a sorte fosse sorte
não fosse contradição,
não tinha a bússola quebrado!
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
MÃE
Mãe! Quantos trabalhos e canseiras
quantas dores ao dar à luz e ao criar!
Quantas noites em claro, quantas olheiras
que por seres mãe, tu tens de suportar!
Mas, contrapondo, quantas brincadeiras
quantas descobertas com teu filho, a par!
quanto encobrir de pequenas asneiras
na cumplicidade de um meigo olhar!
Quanto de amor, de carinho, de ternura
caldeados com orgulho ou com coragem
relegam, o que sofras, para o fundo.
Por isso, quer sejas pecadora ou pura,
te presto, porque és mãe, minha homenagem
pois te considero o suporte do mundo!
quantas dores ao dar à luz e ao criar!
Quantas noites em claro, quantas olheiras
que por seres mãe, tu tens de suportar!
Mas, contrapondo, quantas brincadeiras
quantas descobertas com teu filho, a par!
quanto encobrir de pequenas asneiras
na cumplicidade de um meigo olhar!
Quanto de amor, de carinho, de ternura
caldeados com orgulho ou com coragem
relegam, o que sofras, para o fundo.
Por isso, quer sejas pecadora ou pura,
te presto, porque és mãe, minha homenagem
pois te considero o suporte do mundo!
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
LEMBRO-TE
Meio ano!
Como passou?
Parece que o tempo até voou
com tanto sofrimento
tanta dor
não sei o que restou
para além do desalento.
Em tudo te recordo
dormindo ou quando acordo
estás sempre tu presente
e em cada minuto,
cada dia, cada hora
sinto-te mais
do que sentia outrora.
Lembro-te pequenina, gorduchinha
teimosa e já independente.
Lembro-te menina irreverente
e já mulher, do teu nariz, senhora
sempre escondendo teu carinho
o teu cuidado e afeição
atrás de uma postura enganadora
como se te envergonhasses
ou te enfraquecesse se mostrasses
ser dona de um grande coração!
Como passou?
Parece que o tempo até voou
com tanto sofrimento
tanta dor
não sei o que restou
para além do desalento.
Em tudo te recordo
dormindo ou quando acordo
estás sempre tu presente
e em cada minuto,
cada dia, cada hora
sinto-te mais
do que sentia outrora.
Lembro-te pequenina, gorduchinha
teimosa e já independente.
Lembro-te menina irreverente
e já mulher, do teu nariz, senhora
sempre escondendo teu carinho
o teu cuidado e afeição
atrás de uma postura enganadora
como se te envergonhasses
ou te enfraquecesse se mostrasses
ser dona de um grande coração!
Lago de Solidão
A noite afoga -se
em lágrimas não choradas
que a transfiguram
num lago de solidão.
Duas lágrimas fogem
silenciosas
do torpor.
Quedam -se à beira do lago
com lentidão
são rasgadas pela terra
que com elas se deleita.
-Simbiose perfeita!
em lágrimas não choradas
que a transfiguram
num lago de solidão.
Duas lágrimas fogem
silenciosas
do torpor.
Quedam -se à beira do lago
com lentidão
são rasgadas pela terra
que com elas se deleita.
-Simbiose perfeita!
sábado, 26 de setembro de 2009
FERNANDO PESSOA
" Mensagem"
Olhar de visionário
para além do real
imaginário
nos deu
esse profeta genial
que a escreveu!
Cantou -nos Portugal
que foi e era
sonhando, descrevendo
antevendo
o que O espera!
Cantou dos mares
a epopeia
cantou dos reis e grandes
as virtudes;
do povo, o sacrifício.
Anteviu todas as pompas
e riquezas
acabadas desperdício.
Passado, presente, futuro
três barcos navegou
demasiado puro
naufragou!
Olhar de visionário
para além do real
imaginário
nos deu
esse profeta genial
que a escreveu!
Cantou -nos Portugal
que foi e era
sonhando, descrevendo
antevendo
o que O espera!
Cantou dos mares
a epopeia
cantou dos reis e grandes
as virtudes;
do povo, o sacrifício.
Anteviu todas as pompas
e riquezas
acabadas desperdício.
Passado, presente, futuro
três barcos navegou
demasiado puro
naufragou!
VELHOS
Velhos!
Fardos pesados para os mais novos!
Como há -de ser?
Não há um quarto
(casa pequena)....
E o emprego?
- Para os cuidar, não vão perder....
Que pena....
Mas, alegria,
ainda andam,
inda estão lúcidos,
há o Centro de Dia;
lá, têm com quem falar,
podem jogar
e não sentirão tempo a passar....
Mas se não andarem
nem se bastarem?
Então terão de ir para um lar.
Que é do carinho, que é da ternura,
dos sacrifícios de antigamente
que se faziam
pelos mais velhos?
Que é do respeito
que antes havia por essa gente?
Que é feito, que é feito?
Mas ai oh novos
oh pobres loucos
tudo achais pouco,
nessa corrida desenfreada
pelo dinheiro,
por mais um carro
subir na vida....
Vós não parais para pensar
que o tempo é nada
um quase nada
e dentro em pouco
velhos sereis
e que tereis
à vossa espera um outro Lar!
Fardos pesados para os mais novos!
Como há -de ser?
Não há um quarto
(casa pequena)....
E o emprego?
- Para os cuidar, não vão perder....
Que pena....
Mas, alegria,
ainda andam,
inda estão lúcidos,
há o Centro de Dia;
lá, têm com quem falar,
podem jogar
e não sentirão tempo a passar....
Mas se não andarem
nem se bastarem?
Então terão de ir para um lar.
Que é do carinho, que é da ternura,
dos sacrifícios de antigamente
que se faziam
pelos mais velhos?
Que é do respeito
que antes havia por essa gente?
Que é feito, que é feito?
Mas ai oh novos
oh pobres loucos
tudo achais pouco,
nessa corrida desenfreada
pelo dinheiro,
por mais um carro
subir na vida....
Vós não parais para pensar
que o tempo é nada
um quase nada
e dentro em pouco
velhos sereis
e que tereis
à vossa espera um outro Lar!
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
A Morte Anda, Desanda
A morte anda, dasanda,
anda, desanda.
De repente pára e ceifa;
a sua foice adora ceifar.
Não se cansa de trabalhar.
E se ceifar espigas maduras
ou ainda em flor
tanto melhor!
Quando algum momento se detém
é para rir, rir à gargalhada
pois a sua foice
só por ela é mandada.
Embora que renegada,
enxotada, amaldiçoada,
não pára, anda, desanda.
Tem um pacto incomensurável
com o Tempo!
anda, desanda.
De repente pára e ceifa;
a sua foice adora ceifar.
Não se cansa de trabalhar.
E se ceifar espigas maduras
ou ainda em flor
tanto melhor!
Quando algum momento se detém
é para rir, rir à gargalhada
pois a sua foice
só por ela é mandada.
Embora que renegada,
enxotada, amaldiçoada,
não pára, anda, desanda.
Tem um pacto incomensurável
com o Tempo!
Variações
Em ignotas paragens
estás agora
e eu com a tua imagem.
Meus olhos enxutos.
Só o coração chora.
Todo o meu ser de luto!
Saudades são flores mortas
na campa do pensamento.
São chaves que abrem as portas
por onde sai o esquecimento.
Também sou reaccionária
mesmo às vezes, contundente.
Só se é passiva e primária
se vazia, interiormente!
estás agora
e eu com a tua imagem.
Meus olhos enxutos.
Só o coração chora.
Todo o meu ser de luto!
Saudades são flores mortas
na campa do pensamento.
São chaves que abrem as portas
por onde sai o esquecimento.
Também sou reaccionária
mesmo às vezes, contundente.
Só se é passiva e primária
se vazia, interiormente!
Morta Pela Vida
A morte não me matou´
mas matou -me a própria vida
tanto ela me maltratou
que estou, de morte, ferida.
Porque a maldita roubou
minha filha tão querida
e levando -a, me deixou
ficar morta, estando viva.
Assim, nem vida nem morte
vivendo em contradição
não sei qual é o meu estado;
sei que tenho de ser forte
para aguentar a pressão
mas matou -me a própria vida
tanto ela me maltratou
que estou, de morte, ferida.
Porque a maldita roubou
minha filha tão querida
e levando -a, me deixou
ficar morta, estando viva.
Assim, nem vida nem morte
vivendo em contradição
não sei qual é o meu estado;
sei que tenho de ser forte
para aguentar a pressão
Árvore da Felicidade
Da fraca árvore que sou
três ramos viram o dia;
o primeiro logo secou
que doença já trazia.
Outro logo rebentou
força, beleza, alegria
em flores desabrochou
de dever e sabedoria.
O terceiro ramo ao nascer
embora fosse diferente
teve a mesma qualidade
Os dois ramos ao crescer
fizeram -me árvore diferente:
- Árvore da felicidade!
três ramos viram o dia;
o primeiro logo secou
que doença já trazia.
Outro logo rebentou
força, beleza, alegria
em flores desabrochou
de dever e sabedoria.
O terceiro ramo ao nascer
embora fosse diferente
teve a mesma qualidade
Os dois ramos ao crescer
fizeram -me árvore diferente:
- Árvore da felicidade!
Mais Uma Luz
Quando um dia eu acabar
e a morte, essa malvada
vier logo, a me buscar
para ao pé dos meus amados
-meu marido, minha filha.
Quero que alguém leia este verso
e saiba que no Universo
há mais uma luz que brilha!
e a morte, essa malvada
vier logo, a me buscar
para ao pé dos meus amados
-meu marido, minha filha.
Quero que alguém leia este verso
e saiba que no Universo
há mais uma luz que brilha!
Minha Leitura
O meu ego sonhador
que voar alto queria,
não me deixou dar valor
ao muito que possuía.
Família dava -me amor,
caminho, recto, seguia;
mas paz em meu interior
contudo, não existia.
Agora tendo razão
para essa paz ser voragem
avalio minha loucura
Pois hoje em meu coração
tudo isso é só miragem
é outra a minha leitura!
que voar alto queria,
não me deixou dar valor
ao muito que possuía.
Família dava -me amor,
caminho, recto, seguia;
mas paz em meu interior
contudo, não existia.
Agora tendo razão
para essa paz ser voragem
avalio minha loucura
Pois hoje em meu coração
tudo isso é só miragem
é outra a minha leitura!
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Cansaço
Estou cansada da vida
que não é vida é suporte
porque a parte negativa
que a positiva, é mais forte.
Já não tenho directiva
já perdi, do rumo, o norte
a bússola dessa vida
quebrou -se ao sabor da sorte.
Sorte, não quer dizer sorte
na verdadeira acepção,
quer dizer destino, fado
Pois se a sorte fosse sorte
não fosse contradição
não tinha a bússola quebrado!
que não é vida é suporte
porque a parte negativa
que a positiva, é mais forte.
Já não tenho directiva
já perdi, do rumo, o norte
a bússola dessa vida
quebrou -se ao sabor da sorte.
Sorte, não quer dizer sorte
na verdadeira acepção,
quer dizer destino, fado
Pois se a sorte fosse sorte
não fosse contradição
não tinha a bússola quebrado!
quarta-feira, 29 de julho de 2009
Ensinar É Ajudar a Descobrir
À descoberta do saber
fomos navegadores;
ao leme dos nossos barcos - os professores.
Deixando nossa mente navegar
lá íamos singrando nesse mar
ora doce, ora salgado do aprender.
Alguns houve que nas ondas se afundaram,
mas muitos, mesmo muitos, ancoraram.
Tal como Gil Eanes
todos tivemos o nosso Adamastor - os exames.
A maioria com tenacidade o venceu
e aquilo que aprendeu
com vários comandantes - os professores,
os trouxe a seguro porto;
E, se muitos continuam a navegar
fazem - no por desporto,
por amor e bem querer
ao mar infinito do saber!
fomos navegadores;
ao leme dos nossos barcos - os professores.
Deixando nossa mente navegar
lá íamos singrando nesse mar
ora doce, ora salgado do aprender.
Alguns houve que nas ondas se afundaram,
mas muitos, mesmo muitos, ancoraram.
Tal como Gil Eanes
todos tivemos o nosso Adamastor - os exames.
A maioria com tenacidade o venceu
e aquilo que aprendeu
com vários comandantes - os professores,
os trouxe a seguro porto;
E, se muitos continuam a navegar
fazem - no por desporto,
por amor e bem querer
ao mar infinito do saber!
Foste Fruto do Meu Ser
Foste fruto do meu ser
em meu corpo te gerei;
quando saiste de mim
o sol resplandecia
como querendo saudar -te,
dizendo para mim baixinho
que doravante ninguém,
como eu, iria amar -te.
Meus seios te alimentaram
com seu precioso leite
até que t'o pude dar.
Hora a hora, dia a dia
ao teu crescer assistia
com um prazer indizível
e, quando pela vez primeira
disseste a palavra mãe
pareceu -me quase impossível
tal era a felicidade
tão grande foi o deleite
que o meu pobre coração
quase saltava do peito.
Desde pequenina foste
caprichosa, independente
mas muito acima da média,
briosa, inteligente.
Não eras muito expansiva
mas quando alguém te agradava
sabias ser grande amiga
leal, desinteressada.
Foste criança normal
com traquinice banal
e bastante arrapazada,
não tinhas medo de nada.
Com o passar da idade
foste flor desabrochando
em inteligência e saber
consciente do dever
mas sem a mínima vaidade!
em meu corpo te gerei;
quando saiste de mim
o sol resplandecia
como querendo saudar -te,
dizendo para mim baixinho
que doravante ninguém,
como eu, iria amar -te.
Meus seios te alimentaram
com seu precioso leite
até que t'o pude dar.
Hora a hora, dia a dia
ao teu crescer assistia
com um prazer indizível
e, quando pela vez primeira
disseste a palavra mãe
pareceu -me quase impossível
tal era a felicidade
tão grande foi o deleite
que o meu pobre coração
quase saltava do peito.
Desde pequenina foste
caprichosa, independente
mas muito acima da média,
briosa, inteligente.
Não eras muito expansiva
mas quando alguém te agradava
sabias ser grande amiga
leal, desinteressada.
Foste criança normal
com traquinice banal
e bastante arrapazada,
não tinhas medo de nada.
Com o passar da idade
foste flor desabrochando
em inteligência e saber
consciente do dever
mas sem a mínima vaidade!
segunda-feira, 27 de julho de 2009
Deus Ganhou Nova Filha
Nosso percurso de vida
está de amor repleto.
Amor de mãe,
amor família
amor paixão
amor ao trabalho, à natureza,
amor a um ideal,
está cheio de amores mil.
Mas sem o amor de Cristo
não estava completo.
Encontraste esse amor
que te dá novo rumo.
Cristo chamou -te para o seu redil;
ouviste o chamamento
és mais um elemento
a amar e compreender
que quando não O temos
nossa alma está vazia
e em tudo o que fazemos
falta alguma alegria.
Bendita sejas pois
por, Cristo, teres ouvido.
Que este novo caminho
te traga muita luz
porque amando Jesus
a vida é mais suave
a vida é mais partilha
e com o teu baptismo
Deus ganho nova filha!
está de amor repleto.
Amor de mãe,
amor família
amor paixão
amor ao trabalho, à natureza,
amor a um ideal,
está cheio de amores mil.
Mas sem o amor de Cristo
não estava completo.
Encontraste esse amor
que te dá novo rumo.
Cristo chamou -te para o seu redil;
ouviste o chamamento
és mais um elemento
a amar e compreender
que quando não O temos
nossa alma está vazia
e em tudo o que fazemos
falta alguma alegria.
Bendita sejas pois
por, Cristo, teres ouvido.
Que este novo caminho
te traga muita luz
porque amando Jesus
a vida é mais suave
a vida é mais partilha
e com o teu baptismo
Deus ganho nova filha!
A Música É Universal
A música não é intimista
comunica, é universal.
Clássica ou modernista,
sinónimo de global
Essa globalização
também atingiu Pombal
com uma orquestra de eleição
orgulho dos pombalenses
que ouvida por outras gentes
em qualquer canto do mundo
não deslustra Portugal,
com uma característica
-serem os seus componentes
da Filarmonica Artística!.
comunica, é universal.
Clássica ou modernista,
sinónimo de global
Essa globalização
também atingiu Pombal
com uma orquestra de eleição
orgulho dos pombalenses
que ouvida por outras gentes
em qualquer canto do mundo
não deslustra Portugal,
com uma característica
-serem os seus componentes
da Filarmonica Artística!.
sábado, 25 de julho de 2009
Meus Olhos Não Sorriem
Já meus olhos não sorriem
já não cobiçam o mundo
talvez não mais se extasiem
ao olhar o mar profundo.
Olhavam o horizonte
prenhes de luz e desejo
são hoje duas secas fontes
não cobiçam o que vejo.
Olhavam muito para além
de qualquer objectiva
do horizonte ilimitado
Hoje já não se detêm.
Meu olhar sem perspectiva
do mundo é desinteressado!
já não cobiçam o mundo
talvez não mais se extasiem
ao olhar o mar profundo.
Olhavam o horizonte
prenhes de luz e desejo
são hoje duas secas fontes
não cobiçam o que vejo.
Olhavam muito para além
de qualquer objectiva
do horizonte ilimitado
Hoje já não se detêm.
Meu olhar sem perspectiva
do mundo é desinteressado!
Farol Tombado
O sonho foi meu farol
guia da minha existência
levando sempre a bom porto
o barco do meu pensar
dos meus quereres e vivência.
Mas as ondas alterosas
das marés vivas da sorte
ao bater nele tão forte
corroeram seu suporte.
A sua luz se apagou
o meu farol tombou
mergulhou no mar da morte1
guia da minha existência
levando sempre a bom porto
o barco do meu pensar
dos meus quereres e vivência.
Mas as ondas alterosas
das marés vivas da sorte
ao bater nele tão forte
corroeram seu suporte.
A sua luz se apagou
o meu farol tombou
mergulhou no mar da morte1
sexta-feira, 24 de julho de 2009
Tempos Mortos
Sonhei terras, sonhei flores
sonhei mar, sonhei montanhas
e aves no céu pairando
Os sonhos tal como elas
também se esfumam voando.
Sonhei do arco iris as cores
sonhei dourados solares
sonhei argênteos lunares.
Nos tempos mortos, sonhando
foi o tempo deslizando
nos tempos sem validade
tempos mortos que em verdade
não servem para mais nada
que para sonhar acordada!
sonhei mar, sonhei montanhas
e aves no céu pairando
Os sonhos tal como elas
também se esfumam voando.
Sonhei do arco iris as cores
sonhei dourados solares
sonhei argênteos lunares.
Nos tempos mortos, sonhando
foi o tempo deslizando
nos tempos sem validade
tempos mortos que em verdade
não servem para mais nada
que para sonhar acordada!
Palavras em Fuga
As palavras debandaram
pombas brancas esvoaçantes
são tal qual emigrantes
deixando o solo natal
renunciando à terra amada.
Transformam -se em viajantes
para longe do meu escrever
não poisam no meu papel
arredias, em tropel
fogem p'ra outras paragens
de mim não querem saber.
Morreram minhas imagens
já não as sei colocar
nas folhas do meu caderno
e o pensar que eu cria eterno
está também a morrer
com a sua debandada!
pombas brancas esvoaçantes
são tal qual emigrantes
deixando o solo natal
renunciando à terra amada.
Transformam -se em viajantes
para longe do meu escrever
não poisam no meu papel
arredias, em tropel
fogem p'ra outras paragens
de mim não querem saber.
Morreram minhas imagens
já não as sei colocar
nas folhas do meu caderno
e o pensar que eu cria eterno
está também a morrer
com a sua debandada!
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Pela Noite Adentro
Pela noite adentro
gosto de ficar
eu e o silêncio
para poder pensar.
Pensar e sonhar
ir da Terra aos Céus
avara gozar
minutos só meus.
Momentos preciosos
não compartilhados
em que me concentro
medito, alimento
meu ser de quimeras,
sonhos, ideais,
que me dão alento
para depois viver
sem desfalecer
o passar cinzento
das horas banais!
gosto de ficar
eu e o silêncio
para poder pensar.
Pensar e sonhar
ir da Terra aos Céus
avara gozar
minutos só meus.
Momentos preciosos
não compartilhados
em que me concentro
medito, alimento
meu ser de quimeras,
sonhos, ideais,
que me dão alento
para depois viver
sem desfalecer
o passar cinzento
das horas banais!
A Mão de Deus / Realista
Olhar, olhar, com um olhar de ver
toda a beleza que o mundo contém
na sua maravilhosa perfeição,
é em tudo a mão de Deus reconhecer
é sentir que essa mão pertence a Alguém
Alguém que ultrapassa a humana dimensão!
De sonhadora tornei -me realista
ao enfrentar o mundo em convulsão
onde o amor e o bem são coisa morta.
Matei em mim a mulher idealista
vendo tanta maldade e ambição,
abri à revolta e à descrença, a porta!
toda a beleza que o mundo contém
na sua maravilhosa perfeição,
é em tudo a mão de Deus reconhecer
é sentir que essa mão pertence a Alguém
Alguém que ultrapassa a humana dimensão!
De sonhadora tornei -me realista
ao enfrentar o mundo em convulsão
onde o amor e o bem são coisa morta.
Matei em mim a mulher idealista
vendo tanta maldade e ambição,
abri à revolta e à descrença, a porta!
terça-feira, 14 de julho de 2009
A Vida é Palco
Viver é uma peça em vários actos
somos actores continuamente em cena
representando, no palco da vida, os factos
que Deus escreveu, para cada um, com sua pena.
Carregamos em nós valores inatos
para representar no palco ou na arena
os papéis que o destino em seu abstracto
nos ofertou qual um grande Mecenas.
À maioria cabe o drama ou a tragédia,
para outros, o viver é uma farsa;
alguns são secundários sempre em pose
E há ainda aqueles cuja vida é uma comédia
Mas todos precisam de ser bons comparsas
para que o espectáculo termine em apoteose!
somos actores continuamente em cena
representando, no palco da vida, os factos
que Deus escreveu, para cada um, com sua pena.
Carregamos em nós valores inatos
para representar no palco ou na arena
os papéis que o destino em seu abstracto
nos ofertou qual um grande Mecenas.
À maioria cabe o drama ou a tragédia,
para outros, o viver é uma farsa;
alguns são secundários sempre em pose
E há ainda aqueles cuja vida é uma comédia
Mas todos precisam de ser bons comparsas
para que o espectáculo termine em apoteose!
quarta-feira, 1 de julho de 2009
Ai de Mim, Ai de Mim.....
Escrevi poemas de amor
e também de desamores.
Escrevi poemas às aves,
à floresta, às flores
ao sol, ao mar,
ao luar.
Ao nascer e ao morrer
às lágrimas, aos pensamentos
a aniversários, a eventos
a cidades e aldeias,
a castelos com ameias
fontes e rios a brotar.
Ao homem e à mulher,
à tristeza e ao prazer
sei lá quantas coisas mais....
coisas raras ou banais.
Escrevi ao Céu e à Terra
e tudo o que a vida encerra
eu tentei aprofundar.
Bom e mau me orientaram
não desdenhei nenhum tema
fruí a vida por lema
eu tudo quis abarcar.
Hoje morreu minha musa
que a inspirar se recusa
não sei porque me castiga
se tornou minha inimiga
e ao meu estro pôs fim.
Já não canto a vida bela
porque assim o impõe ela
e sem musa a me inspirar
o meu engenho a estancar
ai de mim, ai de mim!
e também de desamores.
Escrevi poemas às aves,
à floresta, às flores
ao sol, ao mar,
ao luar.
Ao nascer e ao morrer
às lágrimas, aos pensamentos
a aniversários, a eventos
a cidades e aldeias,
a castelos com ameias
fontes e rios a brotar.
Ao homem e à mulher,
à tristeza e ao prazer
sei lá quantas coisas mais....
coisas raras ou banais.
Escrevi ao Céu e à Terra
e tudo o que a vida encerra
eu tentei aprofundar.
Bom e mau me orientaram
não desdenhei nenhum tema
fruí a vida por lema
eu tudo quis abarcar.
Hoje morreu minha musa
que a inspirar se recusa
não sei porque me castiga
se tornou minha inimiga
e ao meu estro pôs fim.
Já não canto a vida bela
porque assim o impõe ela
e sem musa a me inspirar
o meu engenho a estancar
ai de mim, ai de mim!
sexta-feira, 19 de junho de 2009
Dormi Com A Poesia
Entreguei - me à poesia
dormi com ela na cama
e o fogo que em mim ardia
alimentou sua chama.
Nesse fogo consumia
o ardor que de mim emana
serve - me ela de acalmia
não para alcançar a fama.
É para me libertar
das grilhetas do real
dar, ao meu sentir, vazão
pois que para mim sonhar
é fugir do racional
viver tudo com paixão!
dormi com ela na cama
e o fogo que em mim ardia
alimentou sua chama.
Nesse fogo consumia
o ardor que de mim emana
serve - me ela de acalmia
não para alcançar a fama.
É para me libertar
das grilhetas do real
dar, ao meu sentir, vazão
pois que para mim sonhar
é fugir do racional
viver tudo com paixão!
A Meu Neto
Quando a tua mão gorducha aperta a minha
e dizes em voz doce e sonolenta
conta mais uma estória avózinha
vai -se de mim tudo o que me atormenta.
E eu feliz agarro bem agarradinha
essa mãozita mole e ternurenta
que se abandona tão fofa tão quentinha
à minha que dela está sedenta.
Então a roupa te vou aconchegando
e dou largas à imaginação
pois queres sempre uma estória diferente
o sono devagarinho vai chegando
deponho mil beijos nessa mão
pousando - a na cama docemente!
e dizes em voz doce e sonolenta
conta mais uma estória avózinha
vai -se de mim tudo o que me atormenta.
E eu feliz agarro bem agarradinha
essa mãozita mole e ternurenta
que se abandona tão fofa tão quentinha
à minha que dela está sedenta.
Então a roupa te vou aconchegando
e dou largas à imaginação
pois queres sempre uma estória diferente
o sono devagarinho vai chegando
deponho mil beijos nessa mão
pousando - a na cama docemente!
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Quem Sou
Já não sei quem sou
o que quero ou para onde vou.
Sigo ao sabor da corrente
num mar de ondas alterosas
qual barco despedaçado;
e do meu ser torturado
por emoções tormentosas
sai um grito plangente
e ninguém me quer salvar.
Eu estou a naufragar
não mais sabendo quem sou
o que quero ou para onde vou!
o que quero ou para onde vou.
Sigo ao sabor da corrente
num mar de ondas alterosas
qual barco despedaçado;
e do meu ser torturado
por emoções tormentosas
sai um grito plangente
e ninguém me quer salvar.
Eu estou a naufragar
não mais sabendo quem sou
o que quero ou para onde vou!
Poema que não fiz
Tu és o poema que não fiz
mas quis
És a evasão da monotonia
do pardo dia a dia.
E, ainda que bem pouco
em realidade
hás -de continuar minha verdade
em pensamento
em pensamento louco.
E, embora longe no tempo e no espaço
não se desfará o traço
que riscaste no meu ser.
Pois mesmo sem te ver
e sem te ter
incarnarás a minha poesia!
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